Minicursos
Análise Qualitativa Comparada (QCA): aspectos introdutórios e possibilidades de uso nas Relações Internacionais
Prof. Renan Holanda Montenegro (UFPE)
Data: 28/10 (segunda-feira)
Horário: 10:00 às 13:00
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O minicurso introduz aspectos gerais concernentes à Análise Qualitativa Comparada (QCA). A ferramenta traz elementos da teoria dos conjuntos para a investigação social e é destinada a desenhos de pesquisa com um número pequeno a intermediário de casos. Pondo em perspectiva as limitações e potencialidades do método, o curso apresenta suas variantes (com foco no Crisp Set) e algumas aplicações empÃricas. Superficialmente, ainda apresenta os principais softwares e as rotinas computacionais básicas.
Grande estratégia chinesa e dinâmicas de poder e riqueza no Leste Asiático
Profª. Alana Camoça (UERJ)
Data: 08/11 (sexta-feira)
Horário: 14:00 às 17:00
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Durante um discurso proferido ao Partido Comunista Chinês (PCC), o presidente chinês Xi Jinping (2013-atual) afirmou que a “China está se aproximando do centro do cenário internacional (do palco mundial)”. Nesse discurso, o líder informa a todos não só a posição que a China deseja alcançar, mas também endossa a própria grande estratégia que o país vem perseguindo ao longo dos anos. Dessa maneira, é comum o debate na literatura de que a China teria transformado nos últimos anos a sua política externa, de uma política externa mais passiva para uma política externa mais assertiva. A política externa chinesa consolidada na máxima de ‘taoguang yanghui’ – manter um perfil discreto em assuntos internacionais e de segurança de Deng Xiaoping (1978-1990) – transformou-se na máxima ‘yousuo zuowei’ ainda durante o governo de Hu Jintao (2003-2012) – fazer algo ativamente na arena internacional. Essa mudança do comportamento da China se reflete na maior participação da China em iniciativas multilaterais diversas (BRICS, ASEAN+2 e outros) e em organismos internacionais (OMC, AIIB, Banco dos BRICS e outros), bem como na sua atuação econômica, política e militar em diversos tabuleiros regionais tanto do ponto de vista
econômico-comercial, como de segurança (político-estratégico-militar). A partir desse contexto, o minicurso pretende discutir sobre a grande estratégia chinesa , as disputas territoriais, os acordos de cooperação (econômico, político e militares) e as animosidades históricas (questões de nacionalismo), com ênfase nas relações da China com países do Leste da Ásia. Dessa maneira, objetiva-se debater sobre as dinâmicas: (i) China-Nordeste Asiático (Japão, Coreia do Sul e Coreia do Norte), (ii) China-Sudeste Asiático (ASEAN) e (iii) China-Taiwan.
Métodos de coleta de dados na APE
Leandro Wolpert (Pós-doutorado - PPGRIUERJ)
Data: 30/10/2024 (quarta)
Horário: 15:00 às 18:00
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O objetivo do minicurso consiste em explorar métodos de coleta de dados e triangulação de fontes de pesquisa no âmbito dos estudos de análise de política externa, com ênfase especial na política externa brasileira. Enquanto técnica de coleta de dados, a triangulação busca articular, de maneira sistemática e abrangente, diferentes fontes de pesquisa com a finalidade de validar e ampliar as evidências empíricas utilizadas em um trabalho científico, conferindo-lhe maior rigor e consistência analítica. Neste minicurso, serão tratados especialmente o uso de entrevistas, documentação histórica e notícias de jornal, as vantagens e desvantagens de cada uma delas, bem como as tarefas a serem realizadas e os cuidados a serem tomados no emprego combinado dessas fontes. Adicionalmente, serão apresentados alguns dos bancos de dados mais conhecidos para o estudo da política externa brasileira.
Silenciados: a (re)produção de lembranças e esquecimentos em sítios memoriais no contexto internacional
Mariana Pimenta Bueno (doutoranda PPGRI UERJ) e Marcelle Bessa (doutora PPGRI UERJ)
Data: 31/10/2024 (quinta-feira)
Horário: 14:00 às 17:00
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A proposta desse minicurso versa com a temática da memória e da guerra. Os sítios memoriais propostos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) dialoga com a necessidade da criação de uma memória. Dessa forma, essa (re)produção de memória(s) e esquecimento(s) (re)constituem os processos violentos, construindo uma narrativa reconhecida globalmente. Nos últimos tempos, acontecimentos como o genocídio ruandês e os mortos por ditaduras latino-americanas no século passado, ganharam esses espaços a fim de que a rememoração estivesse viva na contemporaneidade. Logo, esse minicurso tem como objetivo investigar a dualidade entre o lembrar e o esquecer, na construção dos “lugares de memória”, em casos de violência perpetrados pelo Estado.